22 de out. de 2012

Recomeço - Vigésimo primeiro.

Christopher já dormir, estava muito cansada, embora quisesse mais, sabia que não deveria forçar, a Dulce fez de propósito, um propósito que fez com que ele ganhasse a noite. Eles têm um sono maravilhoso, amanhece o dia Dulce deitada de lado, e o Christopher de conchinha nela.
Dulce acorda, e sente o Christopher abraçado nela, sorri que nem uma boba, olha pro celular, já são 9:30 da manhã, alguém bate na porta, o Christopher se meche pro outro lado. Dulce levanta se enrolando na coberta, pois está completamente nua.
Dulce: - quem é? (num sussurro)
Blanca: - sou eu meu amor.
Dulce abre a porta.
Blanca: - oh meu Deus... (olhando a filha tentando se cobrir com a coberta) ele já acordou?
Dulce: - (vermelha morrendo de vergonha) não mãe...
Blanca: - então, acorde-o! Fizemos um café especial pra ele, ou melhor, a mãe dele fez. Venham! Ponha uma roupa filha kkk feche essa porta. (puxando a porta, fazendo a Dulce sorrir com a boba da mãe)
Dulce vai ate o Christopher, ajoelhasse em sua frente, - como pode existir um homem tão lindo? – Ela começa a dá umas tapinhas de leve nele, que vai abrindo os olhos devagar.
Christopher: - opa... (bocejando) bom dia...
Dulce: - bom dia... (percebe que ele não vai está mais nem aí pra ela, e levanta indo para o banheiro, mas é parada por aquela mão pesada segurando seu braço)
Christopher: - ei...
Dulce: - (suspira virando pra ele) oi...
Christopher: - não vai me dá nem um beijinho?
Dulce sorrir aproxima-se dele dando-lhe três selinhos demorados, fazendo fluir aqueles estalos de beijo.
Dulce: - feliz aniversário!
Christopher: - obrigado. (passando a mão na barriga dela, que está coberta com o cobertor) oi princesa. (olhando pra barriga e se agachando) tudo bem meu amor? Hoje papai ta ficando mais velho... É... Você é o maior presente que a mamãe podia dá pro papai sabia?
Dulce: - (sorrir) bobo...
Christopher: - eu sou bobo, mamãe? Sou bobo mesmo? (levantando e segurando o rosto dela, dando muito selinhos nela)
Dulce: - é sim... Vai logo, temos que ir tomar café, sua mãe preparou algo especial u.u
Christopher: - é sério? Kkk
Dulce: - é! Vai tomar banho?
Christopher: - vou vamos?
Dulce: - eu e você?
Christopher: - (olha pro lados como quem está procurando alguém) você ver outra pessoa aqui além de mim?
Dulce: - kkk idiota! Ta vamos.
Os dois tomam banho juntos, rindo brincando parecendo duas crianças, logo vão para cozinha e encontram com seus parentes, e com Anahi, que é sempre da família. Tomam o café, muito animados sorrindo, falando bobagens após o café Anahi chama a Dulce para conversarem a sós.
Anahi: - (indo para o jardim) ei gatinha.
Dulce: - fala gordinha.
Anahi: - o que foi aquilo ontem hein? Kkkkkkkkkkkkk puta merda Dulce! Da próxima vez avisa que compro um treco pra tampar meu ouvidos.
Dulce: - você ouviu? Kkkkkkkkkkkkk
Anahi: - esqueceu que estou no quarto ao lado do de vocês?
Dulce: - kkkkkkkkkkk desculpe, mas eu precisava, estava enlouquecendo já;
Anahi: - mas voltaram?
Dulce: - não sei! A gente ta no rolo, aqueles rolo que tínhamos antigamente lembra?
Anahi: - kkkkkk af! Vai e volta que nem bola de ping pong ¬¬
Dulce: - é basicamente isso mesmo! Mas isso acho que ele nem vai ver aquela mo creia sabe?
Anahi: - se ele for eu capo ele.
Dulce: - não! Eu ainda quero ele com o Junior dele ta bom?
Anahi: - KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK SAFADA!!!!!!!!
Mais tarde...
Christopher olha à hora, opa! Já são 20:00
Christopher: - vou lá.
Victor: - não vá meu filho...
Dulce: - (o observa – af não ele vai é? Que raiva) vai ondee...? (suspira)
Christopher: - é... Dá uma voltinha... Eu volto logo...
Dulce: - posso ir junto?
Anahi: - é ucker leva a Duds :D
Christopher : - ( fica meio enrolado – ixi que merda... ) ta certo, vamos então?
Dulce: - sim vou buscar uma jaqueta. ( Dulce sobe pega sua jaqueta e desce)
Christopher: - (bando um beijo na testa dela) vamos?
Dulce: - sim... Tchau gente. Até depois...
No intervalo em que Dulce foi buscar sua jaqueta Christopher mandou um sms para Mabel inventado uma desculpa, ele na real não queria mesmo ir vê-la;
Ele passa uma bela noite com sua “pequena” pela cidade, tem uma noite maravilhosa, passam seu aniversário bem, felizes e sorrindo, - uf nada melhor que viver ao lado da pessoa amada.
Meses depois...
Sim há sido confirmado a doença na gravidez, Dulce está com seus 9 meses certinho, no qual atraiu todos o seus parentes e amigos para sua casa, estão ansiosos para a chegada da neném.
Dulce estava sentada no sofá conversando com Poncho ,Christian, Maite, Anahi, seu pai, seu sogro, quando começa a sentir uma dores que subiam pela coluna ela não sabia explicar e também não falava o que estava avendo.
Anahi: - ta bem?
Dulce: - sim... (suspira, sentindo outra contração) ai...
Maite: - Dulce o que é isso? Ta sentindo o quê?
Poncho: - Dulce vai ter o bebê agora ou o quê?
Dulce acalma um pouco, fazendo eles acalmarem também, mas com 5 minutos depois a Dulce encosta a cabeça na parede sentido uma forte dor, - chegou a hora. – Dulce sente sua bolsa estourar e dá um  grito, - aquela dor era insuportável. – sua irmã Claudia que a pouco tempo terá uma filha também, há viu e correu para perto dela.
Claudia: - Dulce sua bolça! CHRISTOPHER CORRE AQUI.
Christopher escuta sua cunhando gritando e desce as escadas correndo e ver a Dulce toda molhando – oh não! Chegou a hora. – Seu coração desparou.
Dulce: - aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah... ( aquilo era insurpotavel) eu vou morrer... ( começa a lembrar de sua doença – merda! Eu não quero morrer) aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah...
Anahi: - ai meu Deus (chorosa) calma Dulce. (pentando levantar a amiga com ajuda de Christian e Alfonso)
Dulce: - aaaaaaaaaaaaaaaaah que dorr socorro MÃE! SOCORRO!
Blanca: - mina filha (correndo para perto da filha) venha meu amor, vamos pro hospital agora, rápido peguem as coisas do bebê.
Anahi chama maite  e vão buscar as coisas, enquanto Christopher pega Dulce no colo e a leva para o caro, Christian já sabia onde era a maternidade pois já tinha ido com Dulce na ultima consulta dela, então foi dirigindo, enquanto Anahí e os outros vão no outro carro.
Christian:- ta doendo muito Dulce? (ele perguntou com uma carinha de dor, ao ver a amiga se contorcendo.)
Dulce:- nem queira saber... (Fazendo uma espécie de massagem na barriga.) aaaai!
Ucker: - Christian, não tem como você ir mais rápido não? (disse completamente aperreado ao ver Dulce se contorcendo ao seu lado.)  agüenta só mais um pouquinho Dulce... (apertando a mão dela e dando um beijo em seguida.)
Dulce:- eu não quero mais fazer sexo... (chorosa.)  nunca mais.
Poncho:- irrú! (gargalhou.) se deu mal hein ucker?
Christian:- se lascou. 
Ucker:- tudo bem... (paciente. Sabia que ela só estava falando aquilo da boca pra fora.)  se você diz...  (forçou um sorriso.)
Dulce: -ai meu Deus, como isso dói! ( berrou.)
Christian:- relaxa dulcinha, já estamos quase chegando.
Dulce:- ucker, a doutora! ( lembrou-se.) ninguém ligou pra ela avisando! (gemeu aperreada.)
Ucker:- merda é verdade. ( pegando o seu celular.) não se preocupe, eu já resolvo isso. Tem o numero dela?( Dulce assentiu.)  me diz.
Ela disse o numero e ele discou. A doutora atendeu com voz de sono, ele explicou tudo e ela disse que já estava a caminho da maternidade.
Dulce: o que ela disse? ( respirando fundo.)
Ucker: que já estava a caminho da maternidade. (acariciando a barriga dela.) nossa como ta dura. (Dulce assentiu.) está muito ansiosa pra nascer filha? (sussurrou para a barriga.)
Dulce se apoiou nele e gemeu alto ao sentir mais uma, estava piorando cada vez mais. Ele acariciou os cabelos sedosos da amada enquanto soprava no rosto dela de leve.
Dulce: para de respirar na minha cara! ( disse entredentes.)
Ucker:- ta passando? 
Ela apenas assentiu,depois de alguns minutos eles chegam à maternidade. Dulce sentiu o estomago dar saltos, o nervosismo aflorava cada vez mais e o medo era constante. Ela tinha pânico de hospitais. Preferia o banheiro. Christian estacionou o carro e logo Christopher saiu, pegando ela no colo.
Christian:- ajuda aqui cara... (chamando o enfermeiro assim que entraram no centro medico.) ela está em trabalho de parto.
Enfermeiro:- vou buscar uma cadeira de rodas. (correu e logo trouxe uma cadeira de rodas.) pode sentar moça.( Christopher a ajudou a sentar.) se sente confortável nessa posição?
Dulce:- eu só quero que acabe, não me sinto bem, estou péssima! (dizia desesperada.)
Ucker:- A doutora Stefane já está aqui? (disse seguindo o enfermeiro que arrastava a cadeira de rodas.)
Enfermeiro:- ah, ela é a paciente da doutora Stefane? (Christopher assentiu.) a doutora não demorará, já está a caminho. Eu vou chamar a equipe dela e preciso que alguém me acompanhe até a recepção pra poder interná-la.
Ucker:- eu mesmo vou.
Dulce:- não ucker, não me deixa sozinha... (disse apressada.) deixa que o papai faz isso.
Ucker: quer que eu fique com você? (com um sorriso. Ela assentiu.) – então ta bem meu amor...  (sorrindo estonteante.) Poncho vai lá com o seu Fernando e diz pra ele internar a Dulce, por favor.  (Poncho deu meia volta e foi fazer o que lhe foi pedido.)
Enfermeiro:- Eneida! ( chamou a atenção de outra enfermeira.) a paciente da doutora acabou de chegar.
Eneida:- enfim! (sorriu indo até eles.) pode deixar Fabio, eu cuido dessa mocinha.
Enfermeiro:- claro. Boa sorte pra vocês. (saiu.)
Eneida:- vamos te levar pra sala e te examinaremos, a doutora mora a três quadras daqui, já está chegando.
Dulce:- vai demorar pra ela nascer? (perguntou enquanto era empurrada até o quarto.)
Eneida: vai depender da velocidade que o parto andar, eu não posso te dizer ao certo. ( Dulce fez uma careta e lá vinha mais uma contração.)
Dulce foi levada para um quarto, só de entrar naquele lugar sentiu náuseas, o cheiro de medicamentos, típico de hospitais a faziam tremer na base.

Eneida:- pode vestir isso querida. (a mulher pegou uma camisola de hospital e a entregou pra ela.) vai se sentir mais confortável. – a ajudando a levantar.
Dulce:- obrigado. (levantou com a mão na barriga.) é normal os bebês ficarem se mexendo como loucos nesse momento? 
Eneida:- sim, e isso é muito bom. (sorriu enquanto a ajudava a tirar o vestido.) significa que ela está bastante ativa e vai ajudar quando for à hora de empurrar... (Dulce assentiu mais aliviada.) estão ansiosos para a chegada do bebê?
Ucker:- muito. (sorriu.) e com os nervos a flor da pele também.
Eneida:- muito normal...
A doutora chega apressada.
Stefane:- Dulce! (entrou na sala com um sorriso.) a mocinha já quer ver o mundo?
Dulce sentiu um misto de alivio e tensão ao ver a doutora. Logo desabou em lagrimas.
Dulce:- ai doutora...  Estou com muito medo.
Stefane:- tenha calma meu bem! Vai dá tudo certo. Não se preocupe minha querida, eu já estou aqui. termine de se vestir e deite aqui que eu vou lhe examinar...( arrumando a cama. ) como vai Christopher?
Ucker:- nervoso. (deu meio sorriso.) e a senhora?
Stefane:- muito bem. (observando Dulce terminar de se trocar.) muito bem, agora deite aqui. (apontou a cama. Dulce deitou na cama com dificuldade.)
Dulce:- aaaaai. (cerrou os olhos ao sentir outra contração.) Eu não estou agüentando mais...
Stefane:- é assim mesmo querida. (com um sorriso.) abra as pernas, por favor, preciso ver sua dilatação (examinando) está com cinco centímetros de dilatação. (pegando um par de luvas.) a que horas exatamente a bolsa estourou? (pondo as luvas.)
Ucker:- não sabemos ao certo. (ele disse aperreado.) Mas foi por volta das 10:30PM;
Stafene:- huuum... (disse penetrando um dedo na vagina de Dulce.) se agora são 11:00pm já tem 45 minutos, por aí...(ela deduziu.) o colo do útero está baixo, e bem fino. é Dulce... (disse balançando a cabeça positivamente.) é hoje. (Dulce pôs a mão no rosto completamente em pânico.)
Escutam algumas batidinhas na porta.
Stefane:- pode entrar.( disse a doutora tirando as luvas.) 
Blanca:- oh meu deus! (disse adentrando a porta ao lado de Alexandra.)
Dulce:- mamãe... (soluçando.) faz parar, ta doendo muito. 
Blanca se aproximou e lhe deu um beijo na testa.
Blanca:- a mamãe não pode fazer parar querida. (com o coração apertado, pois sabia perfeitamente a intensidade da dor que ela estava sentindo.) mas eu prometo que vai passar ta bem?
Dulce pôs a mão no rosto, completamente em pânico.
Stefane:- como vão moças? (cumprimentando as duas.)
Alexandra:- oh, Stefane minha querida. (deu dois beijinhos.) como está?
Stefane:- bem Alexandra. (sorriu enquanto Blanca lhe cumprimentava com dois beijinhos no rosto.)
Blanca:- ela está com quanto de dilatação? (Blanca perguntou aflita.)
Stefane:- cinco. (suspirou e Blanca fez uma careta.) mas pelo jeito não vai demorar a chegar aos dez. A bolsa estourou há quarenta e cinco minutos atrás e já abriu cinco centímetros... Eu não dou muito tempo.
Alexandra:- espero que não. (acariciou os cabelos de Dulce.)
Stefane:- querida, não quer tomar um banho antes de colocar o soro?
Dulce:- não tem como eu ficar sem o soro? (abraçando o travesseiro.)
Stefane:- não, precisa do soro. (piscou.)
Dulce:- quero tomar banho. (sussurrou.)
Stefane:- boa escolha. (a doutora sorriu.) a água quente ajuda na dilatação. Venha, nós lhe ajudamos... (estendendo a mão.)
Com a ajuda da doutora, Dulce foi até o banheiro do seu quarto. Blanca e Alexandra a ajudava a andar. E Christopher estava completamente perdido, sabia que tinha que ficar ali, mas o que ele faria?

Ucker:- mamãe... (ele sussurrou e Alexandra se virou.) eu preciso respirar um pouco. (olhando para os lados, completamente aperreado.) Eu não consigo ver ela assim e não poder fazer nada pra ajudar. eu vou lá enquanto ela estiver no banho, quinze minutos.
Alexandra:- não se preocupe filho, eu sei que é difícil, vai lá, toma uma água, respira um pouco que isso é só o começo. (acariciou o braço dele.) a Dulce precisa de você agora, mais do que nunca.
Ucker: eu sei. (assentiu.) e eu vou ficar ao lado dela... (Alexandra sorriu.) eu volto já.
Alexandra:- ok. (ele saiu e ela entrou no banheiro, onde Dulce já estava nua. Christopher foi tomar uma água e logo estará de volta.)
Stafene:- ok. (sorriu) venha querida... (a guiando até a ducha.) prefere a banheira? (Dulce negou.) então vamos tomar uma chuveirada.  (brincou, ligando o chuveiro.) molha esse cabelo, relaxa...
Dulce:- aaaaaaaaah... (apertou os olhos sentindo outra contração. Apoiou-se em um corrimão.) mamãe me ajuda... (abraçando a mãe, fazendo a mesma se molhar, mas Blanca nem sequer se importou.) dói demais!
Blanca estava inerte, não sabia o que pensar.
Stefane:- qual era o plano inicial de parto, Dulce?
Dulce-: natural, eu não queria tomar nada, mas já estou começando a mudar de opinião. (relaxou sentindo a contração cessar.)
Stefane:- se quiser uma peridural, posso chamar a anestesista. (ela disse fazendo uma massagem delicada nas costas de Dulce.)
Dulce suspirou e passou a mão nos cabelos, dando um jeito de molhá-los mais.
Dulce:- vou tentar agüentar mais um pouco. (a doutora assentiu e ela mordeu o lábio ao sentir outra. a doutora a abraçou e ela apoiou a cabeça no ombro da medica tentando conter um grito.)
Stefane:- respira... É assim mesmo. Seja forte!
Dulce:- eu não sei se eu vou conseguir... (sussurrou com dor.) estou achando impossível no momento.
Stefane:- toda mulher consegue parir um filho querida... É uma dádiva de Deus, essas dores que você sente agora, é o seu corpo se abrindo, se preparando para a passagem do bebê... Eu sei que dói muito, mas você vai conseguir e vai dar tudo certo está bem?
Dulce apenas assentiu, se sentia tão bem quando ouvia coisas assim, Stefane realmente era uma ótima profissional, muito mais que isso, uma amiga. Não era a toa que era uma das melhores, senão a melhor.
Blanca:- ta passando meu amor? (acariciou os cabelos dela.)
Dulce:- um pouco. (tentou sorrir.)
Terminou o banho e com a ajuda da equipe medica ela se vestiu, com a camisola de hospital.
Stefane:- agora me deixa colocar esse soro aqui... (Dulce fez uma careta.) não se preocupe, não vai nem sentir. (ela virou a cara para o outro lado para não ver, logo sentiu uma picadinha e viu que a doutora prendia a agulha com um esparadrapo.) prontinho. ( piscou.) me deixa colocar isso aqui, é necessário pra saber os seus batimentos e os do bebê. 
Dulce assentiu, estava ficando com sono, mas quem disse que ela conseguia dormir com aquelas dores?
Paloma:- quer gelo? (ofereceu.) é a única coisa que pode comer.
Dulce:- não estou com fome, obrigada. (tentou sorrir.) meu pai, onde está? E minhas irmãs?
Blanca:- estão lá fora meu amor. (sorriu.) eles preferem evitar as emoções fortes demais.
Stefane:- deixa-me ver se aumentou a dilatação. (Dulce abriu as pernas, rezando para ter aumentado consideravelmente.) sete centímetros.
Dulce:- oh meu deus... Todo esse tempo e só aumentou dois centímetros? (pôs a mão na cabeça.) ai merda...
Stefane:- só faltam três centímetros querida. (observando o soro.) você tem sorte, está andando muito rápido.
Dulce: eu tenho pena de quem não tem sorte. ( ironizou.) se isso é sorte o que é azar?
Stefane:- isso ou sofrer durante dias.
Dulce: oh meu Deus, então eu sou a mulher mais sortuda do mundo. (pôs a mão no rosto, de repente outra contração a fez trincar os dentes, foi como se reunisse todas as outras em uma só.) aaaaaaaaaaaa. (se contorceu na cama.)
Stefane: quando foi a última contração Paloma? 
Paloma:- cinqüenta segundos atrás doutora. (olhando o monitor.)
Dulce se contorcia e fazia caras e bocas, não iria agüentar aquilo até que abrisse tudo. Caso contrário morreria antes mesmo de sua filha nascer, aquilo era a morte!
Dulce:- eu não estou agüentando... (negando com a cabeça.) Eu quero tomar a peridural.
Stefane: certeza? (ergueu a sobrancelha.)
Dulce morria de medo de agulhas, ainda mais uma tão grande como a agulha da peridural, mas na frente daquelas dores, a agulha era o paraíso, e ela precisava tomar, antes que morresse de dor.
Stefane: chamem a anestesista!
Christopher entrou na sala e encontrou outra moça, ela explicava algo a dulce.
Anestesista:- pois bem Dulce... A peridural pode fazer efeito dentro de quinze minutos... ( é interrompida.)
Dulce: tudo isso? (chorosa.)
Anestesista: quando ela faz efeito, tem mulheres que não ameniza em nada. Nem na metade, nem em lugar nenhum.
Dulce: oh meu Deus... (suspirou.) tudo bem, eu quero tomar assim mesmo.
Ucker: vai tomar o que? (Se aproximou dela.)
Dulce:- uma peridural, eu não estou agüentando a dor. (ela gemeu enquanto sentava com a ajuda da doutora.)
Stefane:- não se preocupe Christopher, é uma medicação super segura.( piscou.) (querida, fique curvada e não se mexa, a injeção vai ser aplicada no espaço entre uma vértebra e outra. É fundamental você ficar parada. é melhor não olhar pra agulha. (advertiu e Dulce assentiu apoiando a cabeça no ombro da doutora.)
A anestesista fez os procedimentos de praxe, anestesia local, limpeza da região, enfim, quando Christopher viu o tamanho da agulha que ela enfiaria nas costas de Dulce, arregalou os olhos. Era enorme! Quase um palmo de cumprimento.
Ucker:- caralho! ( se virou não querendo ver aquilo, não queria estar na pele de Dulce.)
Dulce sentiu uma pressão em suas costas, não sentia nada devido à anestesia local, mas o fato de saber que tinha algo em suas costas a deixava desesperada.
Dulce: já acabou? (sentindo uma lagrima rolar.)
Stefane:- só mais um pouquinho.
A anestesista retirou a peridural, fazendo estralar algo.
Dulce: o que foi isso? (assustada.)
Stefane:- não foi nada, a moça já retirou a agulha, você já pode deitar... (Dulce respirou aliviada e deitou-se ) como está se sentindo?
Dulce: igual... (suspirou.) oh! (arquejou-se.) ainda está doendo!
Stefane:- vamos esperar pra ver se vai surtir o efeito.
Os minutos foram se passando e nada do efeito, pelo jeito não tinha funcionado, Dulce já chorava outra vez... Não tinha mais nada que pudesse aliviar sua dor.
Stefane:- chegou a hora Dulce... (ela disse sorrindo.) já está com dez centímetros.
Dulce sorriu involuntariamente, não tinham noção de como ela se sentia ouvindo aquilo.
Stefane: quando sentir que tem que forçar, você força ok? (arrumando os suportes e levantando as pernas dela, deixando-as abertas.) 
Dulce assentiu enquanto respirava fundo, pronta pra começar o trabalho de botar sua filha no mundo. 
Ucker: fica tranqüila meu amor... (apertou a mão dela.)
Assim que sentiu a contração ela empurrou com toda a força que tinha, e se contorceu.
Stefane: muito bem, foi ótima! Mais algumas dessas e estamos feitas. (riu) .
Dulce: aaaaaaaaaaaaaaaaa. (blanca pôs uma toalha em sua testa.) está doendo demais.
Stefane: Paloma dá algo pra ela morder... (disse e a enfermeira pegou outra toalha e entregou pra Blanca.) 
Blanca: morde meu amor... (Dulce mordeu a toalha com os olhos banhados de lagrimas.)vai acabar meu amor, seja forte...
Dulce soltou as mãos de Blanca e Christopher e segurou nas alças da cama, fez o máximo de força que pôde. Christopher olhava tudo desesperado, ela fazia tanta força que o rosto ficava em um tom avermelhado.
Dulce: aaaaaaain... (desesperada.)
Stefane: muito bem querida, eu já estou vendo a cabecinha da sua filha...( disse assentindo com a cabeça.) continue meu bem.
Dulce: eu não estou agüentando... (sussurrou.)
Stefane: vai agüentar sim... (dizia firme.) você agüentou toda a sua gravidez, agüentou as contrações e no momento mais esperado vai pedir arrego? (riu.) seja forte, você carregou esse bebê até agora, agora seja mulher para botá-lo no mundo!
Dulce forçou mais, quando sentiu sua vagina queimar de uma forma desesperada.
Dulce: arde... (sem parar de fazer força.) 
Stefane:- ela está coroando... (sorriu ao ver o bebê deslizando pra fora.)  vem ver papai... ( chamou ele.)
Ucker:- não, eu não... (foi interrompido.)
Stefane:- não seja bobo, venha ver sua filha chegando. (chamou com a mão e ele tomado pela curiosidade foi até lá.) continua meu bem... ( falando com Dulce) você está ótima.
Christopher não acreditou no que estava vendo. Estava ali, com quase toda a cabecinha pra fora. Ela sorriu involuntariamente, aquilo era incrível.
Alexandra filmava tudo a pedido dele. 
Dulce: aaaaaaaaaaaaaaain! (mordendo a toalha, enquanto fazia mais força.)
De repente a cabecinha saiu. A doutora não tocava em absolutamente nada e nem as enfermeiras, aquele método sempre fora o melhor e as mães sempre agradeciam pela experiência de parir meio que “sozinha”.
Dulce gritou alto, e sentiu a contração cortante... Tudo doía naquele momento, sua barriga, suas costas, e sua vagina era a que mais doía.
Stefane: vamos menina. (disse incentivando.) seu bebê já está aqui.
Dulce travava pela força que fazia, nunca em sua vida fizera tanta força.
Ucker: vamos meu amor... Só mais um pouquinho. (com pena dela.)
Dulce: ta doendo... (chorando.)
Ucker: eu sei... Mas já vai acabar. (beijando a testa dela.)
Dulce arregalou os olhos ao ver sua filha saindo, até o momento ela não conseguia ver.
Dulce: oh meu Deus... (Pôs a mão na boca, chorando mais.) meu bebê.
Stefane: puxe a sua filha... (ela pediu emocionada. Nunca se emocionou tanto com um parto.)
Dulce tocou em seu bebê, ainda estava com metade do corpinho dentro de si. Fez mais força, puxando sua filha. a dor que se seguiu foi intensa... a doutora vendo que ela já estava quase saindo, colocou o sugador nas narinas e na garganta para que o bebê pudesse respirar. Então o bebê saiu fazendo toda a dor acabar.


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