Christopher já dormir, estava muito cansada, embora quisesse
mais, sabia que não deveria forçar, a Dulce fez de propósito, um propósito que
fez com que ele ganhasse a noite. Eles têm um sono maravilhoso, amanhece o dia
Dulce deitada de lado, e o Christopher de conchinha nela.
Dulce acorda, e sente o Christopher abraçado nela,
sorri que nem uma boba, olha pro celular, já são 9:30 da manhã, alguém bate na
porta, o Christopher se meche pro outro lado. Dulce levanta se enrolando na
coberta, pois está completamente nua.
Dulce: - quem é? (num sussurro)
Blanca: - sou eu meu amor.
Dulce abre a porta.
Blanca: - oh meu Deus... (olhando a filha tentando se
cobrir com a coberta) ele já acordou?
Dulce: - (vermelha morrendo de vergonha) não mãe...
Blanca: - então, acorde-o! Fizemos um café especial
pra ele, ou melhor, a mãe dele fez. Venham! Ponha uma roupa filha kkk feche
essa porta. (puxando a porta, fazendo a Dulce sorrir com a boba da mãe)
Dulce vai ate o Christopher, ajoelhasse em sua frente,
- como pode existir um homem tão lindo? – Ela começa a dá umas tapinhas de leve
nele, que vai abrindo os olhos devagar.
Christopher: - opa... (bocejando) bom dia...
Dulce: - bom dia... (percebe que ele não vai está mais
nem aí pra ela, e levanta indo para o banheiro, mas é parada por aquela mão
pesada segurando seu braço)
Christopher: - ei...
Dulce: - (suspira virando pra ele) oi...
Christopher: - não vai me dá nem um beijinho?
Dulce sorrir aproxima-se dele dando-lhe três selinhos
demorados, fazendo fluir aqueles estalos de beijo.
Dulce: - feliz aniversário!
Christopher: - obrigado. (passando a mão na barriga
dela, que está coberta com o cobertor) oi princesa. (olhando pra barriga e se
agachando) tudo bem meu amor? Hoje papai ta ficando mais velho... É... Você é o
maior presente que a mamãe podia dá pro papai sabia?
Dulce: - (sorrir) bobo...
Christopher: - eu sou bobo, mamãe? Sou bobo mesmo?
(levantando e segurando o rosto dela, dando muito selinhos nela)
Dulce: - é sim... Vai logo, temos que ir tomar café,
sua mãe preparou algo especial u.u
Christopher: - é sério? Kkk
Dulce: - é! Vai tomar banho?
Christopher: - vou vamos?
Dulce: - eu e você?
Christopher: - (olha pro lados como quem está
procurando alguém) você ver outra pessoa aqui além de mim?
Dulce: - kkk idiota! Ta vamos.
Os dois tomam banho juntos, rindo brincando parecendo
duas crianças, logo vão para cozinha e encontram com seus parentes, e com
Anahi, que é sempre da família. Tomam o café, muito animados sorrindo, falando
bobagens após o café Anahi chama a Dulce para conversarem a sós.
Anahi: - (indo para o jardim) ei gatinha.
Dulce: - fala gordinha.
Anahi: - o que foi aquilo ontem hein? Kkkkkkkkkkkkk
puta merda Dulce! Da próxima vez avisa que compro um treco pra tampar meu
ouvidos.
Dulce: - você ouviu? Kkkkkkkkkkkkk
Anahi: - esqueceu que estou no quarto ao lado do de
vocês?
Dulce: - kkkkkkkkkkk desculpe, mas eu precisava,
estava enlouquecendo já;
Anahi: - mas voltaram?
Dulce: - não sei! A gente ta no rolo, aqueles rolo que
tínhamos antigamente lembra?
Anahi: - kkkkkk af! Vai e volta que nem bola de ping
pong ¬¬
Dulce: - é basicamente isso mesmo! Mas isso acho que
ele nem vai ver aquela mo creia sabe?
Anahi: - se ele for eu capo ele.
Dulce: - não! Eu ainda quero ele com o Junior dele ta
bom?
Anahi: - KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
SAFADA!!!!!!!!
Mais tarde...
Christopher olha à hora, opa! Já são 20:00
Christopher: - vou lá.
Victor: - não vá meu filho...
Dulce: - (o observa – af não ele vai é? Que raiva) vai
ondee...? (suspira)
Christopher: - é... Dá uma voltinha... Eu volto
logo...
Dulce: - posso ir junto?
Anahi: - é ucker leva a Duds :D
Christopher : - ( fica meio enrolado – ixi que
merda... ) ta certo, vamos então?
Dulce: - sim vou buscar uma jaqueta. ( Dulce sobe pega
sua jaqueta e desce)
Christopher: - (bando um beijo na testa dela) vamos?
Dulce: - sim... Tchau gente. Até depois...
No intervalo em que Dulce foi buscar sua jaqueta
Christopher mandou um sms para Mabel inventado uma desculpa, ele na real não
queria mesmo ir vê-la;
Ele passa uma bela noite com sua “pequena” pela
cidade, tem uma noite maravilhosa, passam seu aniversário bem, felizes e
sorrindo, - uf nada melhor que viver ao lado da pessoa amada.
Meses depois...
Sim há sido confirmado a doença na gravidez, Dulce
está com seus 9 meses certinho, no qual atraiu todos o seus parentes e amigos
para sua casa, estão ansiosos para a chegada da neném.
Dulce estava sentada no sofá conversando com Poncho
,Christian, Maite, Anahi, seu pai, seu sogro, quando começa a sentir uma dores
que subiam pela coluna ela não sabia explicar e também não falava o que estava
avendo.
Anahi: - ta bem?
Dulce: - sim... (suspira, sentindo outra contração)
ai...
Maite: - Dulce o que é isso? Ta sentindo o quê?
Poncho: - Dulce vai ter o bebê agora ou o quê?
Dulce acalma um pouco, fazendo eles acalmarem também,
mas com 5 minutos depois a Dulce encosta a cabeça na parede sentido uma forte
dor, - chegou a hora. – Dulce sente sua bolsa estourar e dá um grito, - aquela dor era insuportável. – sua
irmã Claudia que a pouco tempo terá uma filha também, há viu e correu para
perto dela.
Claudia: - Dulce sua bolça! CHRISTOPHER CORRE AQUI.
Christopher escuta sua cunhando gritando e desce as
escadas correndo e ver a Dulce toda molhando – oh não! Chegou a hora. – Seu
coração desparou.
Dulce: -
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah... ( aquilo era
insurpotavel) eu vou morrer... ( começa a lembrar de sua doença – merda! Eu não
quero morrer) aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah...
Anahi: - ai meu Deus (chorosa) calma Dulce. (pentando
levantar a amiga com ajuda de Christian e Alfonso)
Dulce: - aaaaaaaaaaaaaaaaah que dorr socorro MÃE!
SOCORRO!
Blanca: - mina filha (correndo para perto da filha)
venha meu amor, vamos pro hospital agora, rápido peguem as coisas do bebê.
Anahi chama maite
e vão buscar as coisas, enquanto Christopher pega Dulce no colo e a leva
para o caro, Christian já sabia onde era a maternidade pois já tinha ido com
Dulce na ultima consulta dela, então foi dirigindo, enquanto Anahí e os outros
vão no outro carro.
Christian:- ta doendo
muito Dulce? (ele perguntou com uma carinha de dor, ao ver a amiga se
contorcendo.)
Dulce:- nem queira
saber... (Fazendo uma espécie de massagem na barriga.) aaaai!
Ucker: - Christian, não
tem como você ir mais rápido não? (disse completamente aperreado ao ver Dulce
se contorcendo ao seu lado.) agüenta só
mais um pouquinho Dulce... (apertando a mão dela e dando um beijo em seguida.)
Dulce:- eu não quero mais
fazer sexo... (chorosa.) nunca mais.
Poncho:- irrú!
(gargalhou.) se deu mal hein ucker?
Christian:- se
lascou.
Ucker:- tudo bem...
(paciente. Sabia que ela só estava falando aquilo da boca pra fora.) se você diz... (forçou um sorriso.)
Dulce: -ai meu Deus, como
isso dói! ( berrou.)
Christian:- relaxa
dulcinha, já estamos quase chegando.
Dulce:- ucker, a doutora!
( lembrou-se.) ninguém ligou pra ela avisando! (gemeu aperreada.)
Ucker:- merda é verdade. (
pegando o seu celular.) não se preocupe, eu já resolvo isso. Tem o numero
dela?( Dulce assentiu.) me diz.
Ela disse o numero e ele
discou. A doutora atendeu com voz de sono, ele explicou tudo e ela disse que já
estava a caminho da maternidade.
Dulce: o que ela disse? ( respirando fundo.)
Ucker: que já estava a caminho da maternidade. (acariciando
a barriga dela.) nossa como ta dura. (Dulce assentiu.) está muito ansiosa pra
nascer filha? (sussurrou para a barriga.)
Dulce se apoiou nele e gemeu alto ao sentir mais uma, estava
piorando cada vez mais. Ele acariciou os cabelos sedosos da amada enquanto
soprava no rosto dela de leve.
Dulce: para de respirar na minha cara! ( disse
entredentes.)
Ucker:- ta passando?
Ela apenas assentiu,depois de alguns minutos eles
chegam à maternidade. Dulce sentiu o estomago dar saltos, o nervosismo aflorava
cada vez mais e o medo era constante. Ela tinha pânico de hospitais. Preferia o
banheiro. Christian estacionou o carro e logo Christopher saiu, pegando ela no
colo.
Christian:- ajuda aqui cara... (chamando o enfermeiro
assim que entraram no centro medico.) ela está em trabalho de parto.
Enfermeiro:- vou buscar uma cadeira de rodas. (correu
e logo trouxe uma cadeira de rodas.) pode sentar moça.( Christopher a ajudou a
sentar.) se sente confortável nessa posição?
Dulce:- eu só quero que acabe, não me sinto bem, estou
péssima! (dizia desesperada.)
Ucker:- A doutora Stefane já está aqui? (disse
seguindo o enfermeiro que arrastava a cadeira de rodas.)
Enfermeiro:- ah, ela é a paciente da doutora Stefane?
(Christopher assentiu.) a doutora não demorará, já está a caminho. Eu vou
chamar a equipe dela e preciso que alguém me acompanhe até a recepção pra poder
interná-la.
Ucker:- eu mesmo vou.
Dulce:- não ucker, não me deixa sozinha... (disse
apressada.) deixa que o papai faz isso.
Ucker: quer que eu fique com você? (com um sorriso. Ela
assentiu.) – então ta bem meu amor... (sorrindo
estonteante.) Poncho vai lá com o seu Fernando e diz pra ele internar a Dulce,
por favor. (Poncho deu meia volta e foi
fazer o que lhe foi pedido.)
Enfermeiro:- Eneida! ( chamou a atenção de outra
enfermeira.) a paciente da doutora acabou de chegar.
Eneida:- enfim! (sorriu indo até eles.) pode deixar Fabio,
eu cuido dessa mocinha.
Enfermeiro:- claro. Boa sorte pra vocês. (saiu.)
Eneida:- vamos te levar pra sala e te examinaremos, a
doutora mora a três quadras daqui, já está chegando.
Dulce:- vai demorar pra ela nascer? (perguntou
enquanto era empurrada até o quarto.)
Eneida: vai depender da velocidade que o parto andar,
eu não posso te dizer ao certo. ( Dulce fez uma careta e lá vinha mais uma
contração.)
Dulce foi levada para um quarto, só de entrar naquele
lugar sentiu náuseas, o cheiro de medicamentos, típico de hospitais a faziam
tremer na base.
Eneida:- pode vestir isso querida. (a mulher pegou uma camisola de hospital e a entregou pra ela.) vai se sentir mais confortável. – a ajudando a levantar.
Dulce:- obrigado. (levantou com a mão na barriga.) é
normal os bebês ficarem se mexendo como loucos nesse momento?
Eneida:- sim, e isso é muito bom. (sorriu enquanto a
ajudava a tirar o vestido.) significa que ela está bastante ativa e vai ajudar
quando for à hora de empurrar... (Dulce assentiu mais aliviada.) estão ansiosos
para a chegada do bebê?
Ucker:- muito. (sorriu.) e com os nervos a flor da
pele também.
Eneida:- muito normal...
A doutora chega apressada.
Stefane:- Dulce! (entrou na sala com um sorriso.) a
mocinha já quer ver o mundo?
Dulce sentiu um misto de alivio e tensão ao ver a
doutora. Logo desabou em lagrimas.
Dulce:- ai doutora...
Estou com muito medo.
Stefane:- tenha calma meu bem! Vai dá tudo certo. Não
se preocupe minha querida, eu já estou aqui. termine de se vestir e deite aqui
que eu vou lhe examinar...( arrumando a cama. ) como vai Christopher?
Ucker:- nervoso. (deu meio sorriso.) e a senhora?
Stefane:- muito bem. (observando Dulce terminar de se
trocar.) muito bem, agora deite aqui. (apontou a cama. Dulce deitou na cama com
dificuldade.)
Dulce:- aaaaai. (cerrou os olhos ao sentir outra
contração.) Eu não estou agüentando mais...
Stefane:- é assim mesmo querida. (com um sorriso.)
abra as pernas, por favor, preciso ver sua dilatação (examinando) está com
cinco centímetros de dilatação. (pegando um par de luvas.) a que horas
exatamente a bolsa estourou? (pondo as luvas.)
Ucker:- não sabemos ao certo. (ele disse aperreado.) Mas
foi por volta das 10:30PM;
Stafene:- huuum... (disse penetrando um dedo na vagina
de Dulce.) se agora são 11:00pm já tem 45 minutos, por aí...(ela deduziu.) o
colo do útero está baixo, e bem fino. é Dulce... (disse balançando a cabeça
positivamente.) é hoje. (Dulce pôs a mão no rosto completamente em pânico.)
Escutam algumas batidinhas na porta.
Stefane:- pode entrar.( disse a doutora tirando as
luvas.)
Blanca:- oh meu deus! (disse adentrando a porta ao
lado de Alexandra.)
Dulce:- mamãe... (soluçando.) faz parar, ta doendo
muito.
Blanca se aproximou e lhe deu um beijo na testa.
Blanca:- a mamãe não pode fazer parar querida. (com o
coração apertado, pois sabia perfeitamente a intensidade da dor que ela estava
sentindo.) mas eu prometo que vai passar ta bem?
Dulce pôs a mão no rosto, completamente em pânico.
Stefane:- como vão moças? (cumprimentando as duas.)
Alexandra:- oh, Stefane minha querida. (deu dois
beijinhos.) como está?
Stefane:- bem Alexandra. (sorriu enquanto Blanca lhe
cumprimentava com dois beijinhos no rosto.)
Blanca:- ela está com quanto de dilatação? (Blanca
perguntou aflita.)
Stefane:- cinco. (suspirou e Blanca fez uma careta.) mas
pelo jeito não vai demorar a chegar aos dez. A bolsa estourou há quarenta e
cinco minutos atrás e já abriu cinco centímetros... Eu não dou muito tempo.
Alexandra:- espero que não. (acariciou os cabelos de Dulce.)
Stefane:- querida, não quer tomar um banho antes de
colocar o soro?
Dulce:- não tem como eu ficar sem o soro? (abraçando o
travesseiro.)
Stefane:- não, precisa do soro. (piscou.)
Dulce:- quero tomar banho. (sussurrou.)
Stefane:- boa escolha. (a doutora
sorriu.) a água quente ajuda na dilatação. Venha, nós lhe ajudamos... (estendendo
a mão.)
Com a ajuda da doutora, Dulce foi até o banheiro do
seu quarto. Blanca e Alexandra a ajudava a andar. E Christopher estava
completamente perdido, sabia que tinha que ficar ali, mas o que ele faria?
Ucker:- mamãe... (ele sussurrou e Alexandra se virou.)
eu preciso respirar um pouco. (olhando para os lados, completamente aperreado.)
Eu não consigo ver ela assim e não poder fazer nada pra ajudar. eu vou lá
enquanto ela estiver no banho, quinze minutos.
Alexandra:- não se preocupe filho, eu sei que é
difícil, vai lá, toma uma água, respira um pouco que isso é só o começo.
(acariciou o braço dele.) a Dulce precisa de você agora, mais do que nunca.
Ucker: eu sei. (assentiu.) e eu vou ficar ao lado dela...
(Alexandra sorriu.) eu volto já.
Alexandra:- ok. (ele saiu e ela entrou no banheiro,
onde Dulce já estava nua. Christopher foi tomar uma água e logo estará de
volta.)
Stafene:- ok. (sorriu) venha querida... (a guiando até
a ducha.) prefere a banheira? (Dulce negou.) então vamos tomar uma chuveirada. (brincou, ligando o chuveiro.) molha esse
cabelo, relaxa...
Dulce:- aaaaaaaaah... (apertou os olhos sentindo outra
contração. Apoiou-se em um corrimão.) mamãe me ajuda... (abraçando a mãe, fazendo
a mesma se molhar, mas Blanca nem sequer se importou.) dói demais!
Blanca estava inerte, não sabia o que pensar.
Stefane:- qual era o plano inicial de parto, Dulce?
Dulce-: natural, eu não queria tomar nada, mas já estou
começando a mudar de opinião. (relaxou sentindo a contração cessar.)
Stefane:- se quiser uma peridural, posso chamar a
anestesista. (ela disse fazendo uma massagem delicada nas costas de Dulce.)
Dulce suspirou e passou a mão nos cabelos, dando um
jeito de molhá-los mais.
Dulce:- vou tentar agüentar mais um pouco. (a doutora
assentiu e ela mordeu o lábio ao sentir outra. a doutora a abraçou e ela apoiou
a cabeça no ombro da medica tentando conter um grito.)
Stefane:- respira... É assim mesmo. Seja forte!
Dulce:- eu não sei se eu vou conseguir... (sussurrou
com dor.) estou achando impossível no momento.
Stefane:- toda mulher consegue parir um filho
querida... É uma dádiva de Deus, essas dores que você sente agora, é o seu
corpo se abrindo, se preparando para a passagem do bebê... Eu sei que dói
muito, mas você vai conseguir e vai dar tudo certo está bem?
Dulce apenas assentiu, se sentia tão bem quando ouvia
coisas assim, Stefane realmente era uma ótima profissional, muito mais que
isso, uma amiga. Não era a toa que era uma das melhores, senão a melhor.
Blanca:- ta passando meu amor? (acariciou os cabelos
dela.)
Dulce:- um pouco. (tentou sorrir.)
Terminou o banho e com a ajuda da equipe medica ela se
vestiu, com a camisola de hospital.
Stefane:- agora me deixa colocar esse soro aqui...
(Dulce fez uma careta.) não se preocupe, não vai nem sentir. (ela virou a cara
para o outro lado para não ver, logo sentiu uma picadinha e viu que a doutora
prendia a agulha com um esparadrapo.) prontinho. ( piscou.) me deixa colocar
isso aqui, é necessário pra saber os seus batimentos e os do bebê.
Dulce assentiu, estava ficando com sono, mas quem
disse que ela conseguia dormir com aquelas dores?
Paloma:- quer gelo? (ofereceu.) é a única coisa que
pode comer.
Dulce:- não estou com fome, obrigada. (tentou sorrir.)
meu pai, onde está? E minhas irmãs?
Blanca:- estão lá fora meu amor. (sorriu.) eles
preferem evitar as emoções fortes demais.
Stefane:- deixa-me ver se aumentou a dilatação. (Dulce
abriu as pernas, rezando para ter aumentado consideravelmente.) sete
centímetros.
Dulce:- oh meu deus... Todo esse tempo e só aumentou
dois centímetros? (pôs a mão na cabeça.) ai merda...
Stefane:- só faltam três centímetros querida. (observando
o soro.) você tem sorte, está andando muito rápido.
Dulce: eu tenho pena de quem não tem sorte. (
ironizou.) se isso é sorte o que é azar?
Stefane:- isso ou sofrer durante dias.
Dulce: oh meu Deus, então eu sou a mulher mais sortuda
do mundo. (pôs a mão no rosto, de repente outra contração a fez trincar os
dentes, foi como se reunisse todas as outras em uma só.) aaaaaaaaaaaa. (se
contorceu na cama.)
Stefane: quando foi a última contração Paloma?
Paloma:- cinqüenta segundos atrás doutora. (olhando o
monitor.)
Dulce se contorcia e fazia caras e bocas, não iria agüentar
aquilo até que abrisse tudo. Caso contrário morreria antes mesmo de sua filha
nascer, aquilo era a morte!
Dulce:- eu não estou agüentando... (negando com a
cabeça.) Eu quero tomar a peridural.
Stefane: certeza? (ergueu a sobrancelha.)
Dulce morria de medo de agulhas, ainda mais uma tão
grande como a agulha da peridural, mas na frente daquelas dores, a agulha era o
paraíso, e ela precisava tomar, antes que morresse de dor.
Stefane: chamem a anestesista!
Christopher entrou na sala e encontrou outra moça, ela
explicava algo a dulce.
Anestesista:- pois bem Dulce... A peridural pode fazer
efeito dentro de quinze minutos... ( é interrompida.)
Dulce: tudo isso? (chorosa.)
Anestesista: quando ela faz efeito, tem mulheres que
não ameniza em nada. Nem na metade, nem em lugar nenhum.
Dulce: oh meu Deus... (suspirou.) tudo bem, eu quero
tomar assim mesmo.
Ucker: vai tomar o que? (Se aproximou dela.)
Dulce:- uma peridural, eu não estou agüentando a dor. (ela
gemeu enquanto sentava com a ajuda da doutora.)
Stefane:- não se preocupe Christopher, é uma medicação
super segura.( piscou.) (querida, fique curvada e não se mexa, a injeção vai
ser aplicada no espaço entre uma vértebra e outra. É fundamental você ficar
parada. é melhor não olhar pra agulha. (advertiu e Dulce assentiu apoiando a
cabeça no ombro da doutora.)
A anestesista fez os procedimentos de praxe, anestesia
local, limpeza da região, enfim, quando Christopher viu o tamanho da agulha que
ela enfiaria nas costas de Dulce, arregalou os olhos. Era enorme! Quase um
palmo de cumprimento.
Ucker:- caralho! ( se virou não querendo ver aquilo,
não queria estar na pele de Dulce.)
Dulce sentiu uma pressão em suas costas, não sentia
nada devido à anestesia local, mas o fato de saber que tinha algo em suas
costas a deixava desesperada.
Dulce: já acabou? (sentindo uma lagrima rolar.)
Stefane:- só mais um pouquinho.
A anestesista retirou a peridural, fazendo estralar
algo.
Dulce: o que foi isso? (assustada.)
Stefane:- não foi nada, a moça já retirou a agulha,
você já pode deitar... (Dulce respirou aliviada e deitou-se ) como está se
sentindo?
Dulce: igual... (suspirou.) oh! (arquejou-se.) ainda
está doendo!
Stefane:- vamos esperar pra ver se vai surtir o
efeito.
Os minutos foram se passando e nada do efeito, pelo
jeito não tinha funcionado, Dulce já chorava outra vez... Não tinha mais nada
que pudesse aliviar sua dor.
Stefane:- chegou a hora Dulce... (ela disse sorrindo.)
já está com dez centímetros.
Dulce sorriu involuntariamente, não tinham noção de
como ela se sentia ouvindo aquilo.
Stefane: quando sentir que tem que forçar, você força
ok? (arrumando os suportes e levantando as pernas dela, deixando-as abertas.)
Dulce assentiu enquanto respirava fundo, pronta pra
começar o trabalho de botar sua filha no mundo.
Ucker: fica tranqüila meu amor... (apertou a mão dela.)
Assim que sentiu a contração ela empurrou com toda a
força que tinha, e se contorceu.
Stefane: muito bem, foi ótima! Mais algumas dessas e
estamos feitas. (riu) .
Dulce: aaaaaaaaaaaaaaaaa. (blanca pôs uma toalha em
sua testa.) está doendo demais.
Stefane: Paloma dá algo pra ela morder... (disse e a
enfermeira pegou outra toalha e entregou pra Blanca.)
Blanca: morde meu amor... (Dulce mordeu a toalha com os
olhos banhados de lagrimas.)vai acabar meu amor, seja forte...
Dulce soltou as mãos de Blanca e Christopher e segurou
nas alças da cama, fez o máximo de força que pôde. Christopher olhava tudo
desesperado, ela fazia tanta força que o rosto ficava em um tom avermelhado.
Dulce: aaaaaaain... (desesperada.)
Stefane: muito bem querida, eu já estou vendo a
cabecinha da sua filha...( disse assentindo com a cabeça.) continue meu bem.
Dulce: eu não estou agüentando... (sussurrou.)
Stefane: vai agüentar sim... (dizia firme.) você agüentou
toda a sua gravidez, agüentou as contrações e no momento mais esperado vai
pedir arrego? (riu.) seja forte, você carregou esse bebê até agora, agora seja
mulher para botá-lo no mundo!
Dulce forçou mais, quando sentiu sua vagina queimar
de uma forma desesperada.
Dulce: arde... (sem parar de fazer força.)
Stefane:- ela está coroando... (sorriu ao ver o bebê
deslizando pra fora.) vem ver papai... (
chamou ele.)
Ucker:- não, eu não... (foi interrompido.)
Stefane:- não seja bobo, venha ver sua filha chegando.
(chamou com a mão e ele tomado pela curiosidade foi até lá.) continua meu bem...
( falando com Dulce) você está ótima.
Christopher não acreditou no que estava vendo. Estava
ali, com quase toda a cabecinha pra fora. Ela sorriu involuntariamente, aquilo
era incrível.
Alexandra filmava tudo a pedido dele.
Dulce: aaaaaaaaaaaaaaain! (mordendo a toalha, enquanto
fazia mais força.)
De repente a cabecinha saiu. A doutora não tocava em
absolutamente nada e nem as enfermeiras, aquele método sempre fora o melhor e
as mães sempre agradeciam pela experiência de parir meio que “sozinha”.
Dulce gritou alto, e sentiu a contração cortante... Tudo
doía naquele momento, sua barriga, suas costas, e sua vagina era a que mais
doía.
Stefane: vamos menina. (disse incentivando.) seu bebê
já está aqui.
Dulce travava pela força que fazia, nunca em sua vida
fizera tanta força.
Ucker: vamos meu amor... Só mais um pouquinho. (com
pena dela.)
Dulce: ta doendo... (chorando.)
Ucker: eu sei... Mas já vai acabar. (beijando a testa
dela.)
Dulce arregalou os olhos ao ver sua filha saindo, até
o momento ela não conseguia ver.
Dulce: oh meu Deus... (Pôs a mão na boca, chorando
mais.) meu bebê.
Stefane: puxe a sua filha... (ela pediu emocionada. Nunca
se emocionou tanto com um parto.)
Dulce tocou em seu bebê, ainda estava com metade do
corpinho dentro de si. Fez mais força, puxando sua filha. a dor que se seguiu
foi intensa... a doutora vendo que ela já estava quase saindo, colocou o
sugador nas narinas e na garganta para que o bebê pudesse respirar. Então o
bebê saiu fazendo toda a dor acabar.
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